Ainda permaneço naquele instante. De corpo e alma amarelados
e cheirando a guardado. Perdi-me completamente, os contextos e as roupas não me
cabem, meus sonhos estão todos ali, na expressão do retrato e na ânsia de
tornar-me grande.
Será que o que restou foi todo meu universo em quadrado?
Quanta saudade das pessoas que me fizeram gente, das gargalhadas sinceras e das
lágrimas ao final. Por que a impressão que tenho é que a felicidade fora? Onde
estará o arco íris?
Avante vão as minhas pernas, meus braços apressadamente
balançam e meu coração vai soluçando, soluçando...
Perdoe-me a estupidez, o meu desejo é tomar fôlego após
esse afogamento, transformar meu retângulo em amplidão e meus momentos em vida.
Dayane Gomes
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