domingo, 15 de julho de 2012

Meme... Meu jardim de livros



* Meme:

Recebemos este meme do blog "Meu jardim de Livros" escrito pela Sora. E aproveitamos para convidá-los a conhecerem o cantinho dela: http://www.meujardimdelivros.com.br Ah, queremos também agradecê-la pelos livros que nos enviou do sorteio surpresa do seu blog.


Regras:
-Responder as Perguntinhas.              
-Escolher 10 Blogs para repassar este meme e passar o link de seus respectivos blogs.

Perguntinhas:

Seu Nome/Apelido: Dayane /Day

Sua Idade:  31

Se você fosse uma personagem de livro, quem você gostaria de ser?
Liesel Meminger - A menina que roubava livros 

Qual a melhor parte de se ter um blog?  
A expressão dos nossos pensamentos e a interação com novas pessoas, ou seja, com vocês...leitores.

5 Coisas que você não suporta:
Mentira
Falta de educação
Corrupção 
Reuniões familiares
Torcidas de futebol ensandecidas

5 Coisas que você ama:
Sorvete... e quem não ama?
Amigos
Ler e ver filmes
Parque de diversões
Minha família

Você acha que seu blog é Divo?
Não. A intenção não é o deslumbramento e sim expressar o que sentimentos no momento.

Deixe uma mensagem para seus Leitores:
Um abraço a todos o leitores e saibam que nós os temos em alta consideração. Continuem participando e compartilhando suas opiniões conosco.


Dayane Gomes
Sigam-nos no Twitter :  @FolheandoPensam

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pensamento Alheio: Manoel de Barros


O Fotógrafo
Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada, a minha aldeia estava morta.
Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa,
Eram quase quatro da manhã.
Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a nuvem de calça.
Representou pra mim que ela andava
na aldeia de braços com Maiakovski – seu criador.
Fotografei a nuvem de calça e o poeta.
Ninguém ou outro poeta no mundo
faria uma roupa mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.
Ensaios Fotográficos.Manoel de Barros.Editora Record. 

Manoel de Barros
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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pensamento Alheio: Rafael Silvestre


Sou mulher!

E a fortaleza primária, secundária e terciária, está no homem? Hoje terminei o dia sorrindo, alegre, a abraçar o céu e a conversar feliz com a lua. Mas, na ingratidão contumaz de uma condição imposta antes mesmo do senhor das minhas preces, passei as últimas horas provando que estou e sou presente nesse mundo, que sou e vou continuar a bater de frente com qualquer improviso e insatisfação.

E se deram as horas que começaram cedo. Arrancou-me da cama, como se para nascer em mais um dia fosse preciso estar acordada também. Entre tapas e arranhões, bati com a mão na mesa e fiz-me notar pela última vez. Tua alma descabida não mais possuía apreço, muito menos no verão e outono dos últimos 30 anos. Tua alegria me fazia sabor amargo na boca e me fazia também entupir veias do coração com pedaços de infelicidade e desgosto. Nessa manhã, meu caro, chute no vácuo e um a Deus, difícil, mas de solução para tudo isso. Fique com o seu par de cachaças, nosso álbum de fotos e a imagem da libertação de uma mulher.

Sai. Fui-me pela rua, com rumo certo pelo horizonte em definição. Uma angustia doida que, ao deleite das lágrimas, a fazia secar no futuro que se construía nos passos dados descalços. Estava suja, com chinelos comidos muitas vezes pelas raivas passadas. Mas sentia que trocara aquele espaço de humilhação pela alegria de chão tranquilo. Tinha motivos.

Sem fim esse meu rumo. Olhei para trás apenas duas vezes. Uma para saber se estava mesmo vivendo e a outra por acreditar que havia perdido meu maço de cigarros. Um a um fui consumindo, em tragadas profundas que me balançavam como tormentas. Quando em mim me encontrava, outra mais forte puxava para dentro as mais dolorosas lembranças.

Das 7h30 às 23h só deitei uma vez, em folhas soltas de um campo de flores rasteiras que encontrei pelo caminho. Sou mulher, sou a primazia dos destinos, sou torneira a cultivar a vida. Não sou esmola e ferida, não sou fartura e nem comida. Sou mulher e estar assim me mostrava que havia vencido o medo, vencido o beco de infortúnios.

No travar da noite escura, cheguei à beira do meu adorável precipício. Fácil, ali coloquei meus pés cansados a brincar no ar gelado, mais uma vez. Deitei e no céu reencontrei um sinal de vida, o que sempre me ajudava nesses momentos. Um sinal de que o melhor dos mundos está dentro de nós, em nós desatados uma vez na vida. Minha vez era essa. E foi assim. Hoje terminei o dia sorrindo, alegre, a abraçar o céu e a conversar feliz com a lua.


Rafa Silvestre 
Twitter: @PoetaRafael
Para mais textos, acesse :  Arte no Movimento

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pensamento Alheio : Cláudia Viana

Foto: Aaron Feaver

Frágil forte mulher

Sobrou-me a inquietude
Um estranho regozijo
Obscuro é o desejo
Solicitude...

Minha alma
Perdeu o equilíbrio
Meu coração o chama
E bate apreensivo

Sua imagem
De mim não se dissipa
Esse homem
Fez de mim sua donzela

Destino meu destino
Hei de morrer dessa paixão?
Sufoco-me em desatino
Se não estou em suas mãos

Mas agora basta. Chega mesmo.
Não posso viver de devaneios
Um homem partiu, outro chegou
E já tem outro pro horário

Mas a cada batida na porta
A ilusão em mim se renova
E imediatamente se aborta
Um novo homem me aborda

Findo o árduo trabalho
Retiro cada pedaço
Dos homens que se deleitaram
Mas o seu não sai, está marcado.
Cláudia Viana 
Twitter: @_cssf

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Barulhinho Bom: Marcelo Camelo


É de Manhã

É de manhã
É de madrugada 
É de manhã
Não sei mais de nada 
É de manhã
Vou ver meu amor

É de manhã
Vou ver minha amada 
É de manhã
Flor da madrugada 
É de manhã
Vou ver minha flor

Vou pela estrada
E cada estrela 
É uma flor
Mas a flor amada 
É mais que a madrugada
E foi por ela 
Que o galo cocorocô
Que o galo cocorocô


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