quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Folheando recordações

   Essa semana estava jogando fora alguns papéis antigos e me deparei com meu álbum de fotos. Ao folhear estas fotografias, tive uma sensação de não reconhecer mais aquele sorriso pueril e o olhar esperançoso. Sabe aquela impressão que "apesar de estar ganhando coisas pelo caminho, você perderá outras"? Quero deixar claro que não tenho medo de mudanças, pois é melhor vivê-las do que ter uma rotina estática. Apenas gosto de manter o ar nostálgico...
  Enfim, não sei ao certo, mas acho que é uma dessas crises de idade. Muito embora, eu ainda não esteja tão perto da casa dos 30. Talvez o fato do ano estar  se findando , seja o fator que tenha desencadeado minha  introspecção,já que sempre tenho uma certa melancolia quando penso o quão os anos passam injustamente depressa.Entretanto, como diria o filósofo Platão: "o tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel".


  Bem, pouco importa o real motivo da minha introversão. O fato é que relembrei as minhas experiências, o primeira queda de patins, primeiro dia no estágio, a primeira saída com as minhas amigas. E estas recordações foram tão autênticas e enérgicas que, repentinamente, senti vontade de ir a todas as festinhas as quais não compareci, a desejar a ter todas as vivências que não tive ou não me permiti, ou seja, concretizar algo como numa última esperança de suspiro da minha juventude.

   O inacreditável é que continuo satisfeita com minha vida até aqui. Ainda que não  me sinta tão confortável na minha pele a maioria das vezes. E, refletindo com sensatez, essa é a jornada que eu mesma desenhei por acertos ou desvios próprios. Logo, é indiferente ter possíveis vidas a partir de outras escolhas porque sei que ainda assim seria sempre eu mesma. Porventura, com menos defeitos... Mas, continuo me vestindo de mim cotidianamente e representando a mim mesmo por aí!


Por  Islayne C.
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